Relato de mulher que passou por um parto cesárea sem anestesia

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Quando uma mulher fica grávida, ela e toda a família ficam muito felizes com a chegada de um novo membro na família. Entretanto, a grande maioria se preocupa com o parto, pois, de nada adianta planejar ter o filho com parto normal, porque tudo vai depender do momento do nascimento da criança.

Uma mulher chamada Rachel Somerstein, de 37 anos fez tudo para ter sua filha com parto normal, mas após 24 horas de trabalho de parto, ela foi submetida a uma cesárea sem anestesia.

Relato de mulher que passou por um parto cesárea sem anestesia

“As histórias de nascimento têm esse impulso narrativo suportado pela tensão de saber o que vai ocorrer, mas não como você chegará lá. Eu pensei que sabia como seria minha história”.

Rachel continuou: “Eu nunca poderia ter previsto o que aconteceu: meu obstetra fez uma cesariana sem anestesia. Por causa do erro do anestesista e da vontade do obstetra em fazê-lo, fiz uma grande cirurgia abdominal sem anestesia. Em um hospital nos Estados Unidos em 2016. É mais comum do que as pessoas imaginam”.

“Eu não tinha lido o capítulo do livro O que esperar quando você está esperando sobre cesarianas. Embora eles sejam mais de 30% dos nascimentos nos Estados Unidos, pensei que não precisava. Eu não ia ter um. No meu terceiro trimestre de gravidez, caminhei cinco quilômetros por dia e fiz ioga durante a gestação. Eu havia contratado uma doula para assistir o meu parto. Em geral agi da mesma forma que antes de engravidar”.

“Depois de 24 horas em trabalho de parto, eu fiz força para empurrar, o que pareceu um curto período de tempo, mas o que não parece curto quando você está em trabalho de parto há quase um dia? Quando a parteira sussurrou em meu ouvido acho que é hora de ligar para a equipe e fazer uma cesariana. Ela disse que por causa da pressão, o batimento cardíaco do bebê não estava bom. Ela também disse que o bebê e eu estávamos exaustos”.

Rachel disse que deveria saber que alguma coisa iria dar errado, porque ela perguntou se iria morrer e se o bebê iria morrer. Ela assinou papéis, coisas que ela não conseguia, e isso liberou a equipe médica de possíveis problemas com a justiça como indenizações que realmente aconteceriam, mas ela afirma que nunca sonhou que o que aconteceu seria possível. Rachel disse que precisaram de 40 minutos para reunir a equipe médica.

O relato de Rachel continuou: “Quando cheguei à sala de operações para a cirurgia, eu estava basicamente pelada e tinha um bebê lá em baixo no meu canal de parto. Estava claro e frio e todo mundo vestia roupas. Eu estava consciente o suficiente para me sentir envergonhada com estrias e corpo peludo”.

“Deite-me na beira da cama, minhas costas curvadas, enquanto o anestesista tentava acertar a epidural. Ele lutou para colocá-la no lugar certo. Ele me pediu para mudar de posição, para curvar mais minhas costas. As contrações acenaram. Meu corpo ainda estava tentando empurrar o bebê”.

De acordo com a Sociedade Americana de Anestesistas, a epidural é o anestésico preferido para cesarianas, porque expõe os bebês a um baixo nível de medicação, além de diminuir a dor da mãe e permitir que ela faça parte do parto. Esse procedimento exige habilidade.

Se o profissional colocar uma dose muito alta, a gestante ficará paralisada por um tempo, o que pode prejudicar a sua respiração e Rachel descobriu que uma dose baixa não funciona. Se o obstetra continuar o procedimento, a mulher vai sentir toda a operação.

O relato continua: “Caso você esteja se perguntando, o obstetra notou. Ele até escreveu sobre minha dor em suas anotações cirúrgicas. Ele escreveu, observou-se que a paciente estava tendo muito dificuldade em lidar com a dor e estava gritando. Ela também estava mexendo as pernas. A anestesia geral estava sendo falada assim que o bebê fosse entregue”.

“Lembro-me de minhas pernas chutando como se fugisse da maca. Não me lembro da bebê saindo. As anotações cirúrgicas me dizem que ela foi pesada e avaliada”.

O obstetra em suas anotações escreveu que após o parto a paciente teve muita dor e por isso foi aplicada uma anestesia geral.

Rachel completou dizendo que a doula lhe trouxe a sua filha e ela não conseguia olhar para a menina. O anestesista pediu desculpas, ele disse que foi o pior erro que ele já cometeu. Ela disse que não iria processá-lo, afinal de contas o culpado foi o obstetra.

A mulher disse que quase quatro anos depois, os sentimentos de tristeza ainda estão vivos, mas o seu trabalho é proteger a sua filha desses sentimentos e mudar a narrativa do jeito que ela nasceu.

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